OLHOS VÍTREOS
Consciente de um instinto sórdido terrível,
a inércia das coisas não me aterra, entedia...
medito na lógica deste cosmo perceptível
e com o tempo sobejam o torpor, a apatia...
Sem rumo, num labirinto de perguntas oscilo
habitado por hordas de demônios subjetivos.
Sou espectro disforme, e na bruma me instilo
vagando insone por entre os mortos-vivos.
Exausto demais para suportar tudo,
rumo aos subterrâneos do absurdo...
um deus-profeta, onírico, abre a porta
e - Finalmente! – diz ele, em língua morta.
Olhos inquisidores me fitam, marcho a esmo...
no seu olhar vítreo, conheçi-me a mim mesmo!
Charles Rubowski
31/01/2004
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Inutilidade explicíta. Por isso q o nada deve ser o maior prêmio do poeta
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