Amigos ausentes, cidade amarga,
ruas sem criança, visão acinzentada.
O estranho retorna, nos bolsos nada...
fora uma arma e, na mão, uma chaga.
Em sua alma um recôndito segredo.
Um pensamento obscuro, circunspeto...
o cenho franzido, sem sorriso, inquieto...
não há mais dor, não há mais medo.
Ecoando por ruas que se dissolvem,
casuais olhos castanhos o movem
até lembranças de um certo amor...
um último sossego, um último estertor...
um invulgar instante de sono profundo
na imensidão de um eterno segundo...
Rubens Carneiro
10/02/2004
Location:R. Gen. Osório,Jundiaí,Brasil
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