num breve cochilo, inconsequente
em que sonhava suplicar ao Criador
por uma nova chance na semente
por um refúgio na imanência atroz
ou lá na Praia do Arpoador
pairando no alto como um albatroz
enfrentar o medo é a disciplina
tão necessária a encontrar a voz
e arcar com o preço aqui em cima
aceitar a verdade amarga da lima
quando desabando aos pés do algoz,
não há consolo algum, nem a morfina.
o coração me grita "à direita!"
vou-me ajustando à órbita perfeita
apresento-me à colheita de alma liberta
fluo do cosmo ao infinito que se abre
a toda uma narrativa que cabe
na tua palma aberta
Nenhum comentário:
Postar um comentário